292713-entenda-como-a-sindrome-da-hipermobilidade-afeta-os-dancarinos

Entenda como a síndrome da hipermobilidade afeta os dançarinos

No mundo da dança, ser extremamente flexível pode ser uma vantagem para conseguir executar movimentos complicados. Contudo, uma flexibilidade excessiva pode, na verdade, acontecer em razão de um distúrbio que afeta as articulações, a síndrome da hipermobilidade.

Já ouviu falar do termo? Quer entender melhor o que é ela, por que acontece, quais os tratamentos e como ela pode afetar, negativamente, a vida dos bailarinos? A gente explica tudo direitinho neste post. Confira!

O que é a síndrome da hipermobilidade articular?

Essa síndrome, também conhecida como articulações hipermóveis faz com que as articulações se movam além do limite normal sem que a pessoa precise realizar mais esforço. Afeta, principalmente, os joelhos, cotovelos, punhos e dedos e, ainda que não seja uma síndrome maligna, pode acarretar lesões e outras complicações.

A condição é resultado de um defeito genético nos tendões, músculos e cápsulas articulares, possibilitando uma flexibilidade maior do que a esperada. Existem casos extremos, como os de contorcionistas e graus mais leves, que afetam uma parcela maior dos bailarinos.

Quais suas causas?

As causas mais comuns para o problema são de origem genética e hereditária. Acredita-se que exista uma predisposição nos genes responsáveis pela produção de colágeno que faça com que a síndrome seja transmitida de pai para filho.

Outros fatores, como a forma das extremidades dos ossos, o tônus muscular e o senso de movimentos conjuntos, também podem influenciar a hipermobilidade. Além disso, um estudo realizado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto aponta que a síndrome é mais recorrente em mulheres e pode estar associada à ansiedade.

Como é o tratamento?

Muitas vezes, a síndrome não apresenta sintomas e não exige nenhum tipo de tratamento. Nos casos em que o dançarino sente dor, no entanto, algumas medidas devem ser tomadas, e o tratamento é individualizado para cada caso. A seguir, listamos os cuidados mais utilizados para aliviar o incômodo da hipermobilidade.

Fortalecimento muscular

Aumentar o seu condicionamento físico pode auxiliar no fortalecimento dos músculos gerando mais estabilidade para as articulações. O ideal é realizar exercícios funcionais e aeróbicos de baixo impacto com frequência e de forma constante.

Mudança de hábitos nocivos

Mudar alguns hábitos também é necessário. Mantendo uma dieta e um peso saudável você melhora a força das articulações e diminui a pressão sobre elas. Outra dica é apostar sempre em calçados confortáveis e que proporcionem um bom apoio para os pés e tornozelos.

Cuide das lesões

Se o excesso de alongamento já provocou uma lesão, é preciso ter atenção e cuidar bem do problema para que ele não se agrave. Eleve a articulação para descansá-la, por exemplo, sustentando as pernas em alguns travesseiros. Em caso de dores agudas, aplique gelo nas áreas lesadas.

Como essa síndrome pode afetar os dançarinos?

Apesar de aparentemente inofensiva, as articulações hipermóveis podem gerar complicações e impactar diretamente o trabalho dos bailarinos. Quem sofre com a síndrome da hipermobilidade, além de sentir dores e sensibilidade nas articulações, tem ainda maiores chances de torções recorrentes no tornozelo, assim como deslocamentos dos ombros.

Luxações, tendinites e bursites recorrentes na mesma articulação também podem acontecer, evoluindo, até mesmo, para artrites e alterações degenerativas da cartilagem.

Os sintomas da hipermobilidade são facilmente notados e, caso você não sinta desconfortos, é necessário apenas manter um bom fortalecimento dos músculos. Contudo, caso a flexibilidade seja acompanhada de dores e sensibilidades nas articulações, consulte um especialista.

Você sabia que a flexibilidade pode estar relacionada à hipermobilidade? Compartilhe este post em suas redes sociais e ajude a informação chegar em mais dançarinos.

Deixe um comentário