A gordofobia, assim como outros modos de preconceito que ainda se testemunham em pleno século XXI, pode destruir autoestimas e prejudicar o desenvolvimento de pessoas obesas. Sob nenhuma hipótese, afinal de contas, atividades rotineiras como ir ao cinema ou sentar à mesa de um bar deveriam representar dores de cabeça para alguém.
É aí que entra o empoderamento gordo. Esse conceito tem ganhado muito espaço nos últimos anos e você provavelmente já ouviu falar dele. Bastante usado por ativistas de body positivism, corrente que busca dar luz e voz a indivíduos que fogem dos padrões estéticos impostos pela sociedade, o termo encontra na dança uma ótima plataforma.
Ritmos e coreografias ajudam a quebrar padrões, superar barreiras e, acima de tudo, lutar contra assédios desumanos e, por vezes, até mesmo criminosos. Para saber como a dança é capaz de auxiliar o empoderamento gordo, continue conosco e confira o post!
Quebra de padrões
O empoderamento gordo significa quebrar padrões sociais. A dança é o instrumento perfeito para expor aos quatro ventos a confiança em si mesma. Foi assim que Thais Carla, bailarina carioca, cresceu na carreira, chegou a dançar com Anitta e virou influencer no Instagram.
A quebra de padrões a partir está em dançar com a barriga de fora, de meia-calça, na frente de uma quantidade considerável de pessoas, sem jamais manifestar qualquer tipo de preocupação com a opinião delas sobre isso.
E a visibilidade atingida por Thais ajudou outras mulheres gordas a deixarem de lado a opressão e se mostrarem mais fortes do que olhares preconceituosos e fúteis. Por que não usar a expressão artística como maneira de normalizar diferentes traços pessoais e do corpo de cada um?
Diversidade
Mulheres brancas, negras, magras ou gordas. De cabelo liso, crespo, curto ou longo. Diversidade representa riqueza cultural, afinal de contas cada história diferente é uma peça no quebra-cabeças que forma enredos únicos.
Na dança, o empoderamento gordo está ligado de modo íntimo à diversidade. Em um mundo moderno, quebrar padrões tem tudo a ver com a mistura de peculiaridades pessoais que são, na mais pura acepção da palavra, arte.
Um grupo de dança que tem representantes de inúmeros gêneros, classes, cores e silhuetas dialoga com muito mais gente. Como consequência, amplia o próprio alcance e estimula um universo onde a expressão corporal é valorizada conforme sua originalidade e desprendimento.
Luta contra o assédio
Em um país no qual se registra uma média de um estupro a cada oito minutos, o empoderamento gordo cumpre papel fundamental para as mulheres que se encaixam nessa categoria.
Afinal de contas, empoderar-se significa não apenas aceitar e entender o próprio corpo, mas também ser integralmente feliz e satisfeita com ele. De quebra, aumenta a autoconfiança para se vestir, o que pode gerar comentários e ações criminosas, sobretudo de assédio moral e sexual.
Olhares desagradáveis e atitudes que tratem a mulher como objeto são gatilhos graves para problemas como ansiedade e depressão. Portanto, é necessário ter a força mental para não se abalar e ainda lutar contra o assédio, independentemente da forma com que ele aparece.
Superando barreiras a partir de ritmos e coreografias, o empoderamento gordo e a dança caminham lado a lado. Para que seja trilhado um caminho positivo e progressista, é importante que todos os dançarinos, homens ou mulheres, estimulem e normalizem qualquer estética corporal. A arte não tem dono e não exige nenhum pré-requisito!
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